terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Mensagem de Ano Novo...

QUE SEJA
(Alexander Porahy)


Que seu Ano seja inspirado...
Como a Bachianinha de Nogueira
Como a poesia de Drummond
Como o violão de Baden

Que seu Ano seja belo...
Como o nascer do sol na praia
Como o céu estrelado na roça
Como a flor que nasce no cerrado

Que seu Ano seja feliz...
Como o abraço de um reencontro
Como um bebê no colo de sua mãe
Como um gato com sua bolinha de lã

Que seu Ano seja prazeroso...
Como um beijo na pessoa amada
Como água fresca em um dia de calor
Como um sábado de sol no Ibira

Que seu Ano seja abençoado...
E compartilhado com quem ama
E repleto de boas possibilidades
E tão bom que deixe saudade



** Link para o áudio no Recanto das Letras **


sábado, 28 de dezembro de 2013

Chelengolenguices...

CHELENGOLENGO
(Alexander Porahy)


Que se dane o significado real das palavras! Importa o que elas me transmitem em forma de sentimento.

Por exemplo... Acabo de ser chamado de chelengolengo.

Não faço a menor ideia do que isso significa, mas traduz exatamente como eu me sinto hoje, neste sábado preguiçoso inter feriados...

Mansinho, malemolente, no ritmo do balanço da rede...

Pra lá... e pra cá...
Pra lá... e pra cá...

Chelen... golengo...
Chelen... golengo...

E do jeito que eu mais gosto, cheio de três pontinhos nos finais das frases...



** Link para o áudio no Recanto das Letras **


Aviso aos navegantes: Áudios dos meus textos...

Depois de tanto tempo escrevendo só agora me caiu a ficha de que a minha página no Recanto das Letras pode ser visitada por algum deficiente visual...

Por isso comecei a passar meus textos para áudio.

É legal, porque além de tornar meus textos acessíveis, vou narrar da maneira como EU os leio, com a entonação que imaginei ao escrevê-los. Afinal, cada leitor tem uma maneira própria de interpretar aquilo que lê.

Dificuldade de pronunciar os erres à parte, só espero não ser muito canastrão, muito mala sem alça como narrador... kkkkkkk

Ah, e à medida que for gravando os áudios atualizarei também o blog, colocando os links nos respectivos textos já publicados aqui.

Se é que alguém vem aqui, além de mim... kkkkkkk

Vai saber... Quem sabe um dia eu corte a orelha, morra e anos depois cheguem à conclusão de que eu era um gênio... kkkkkkk

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Sonho...

MENINA DE ÓCULOS
(Alexander Porahy)


Tão bonitinha você!
Com seus óculos, e por trás deles esses olhos brilhantes e sonhadores.

Tão bom estar com você!
E andar de mãos dadas, depois de tanto tempo sem um amor que pudesse chamar de meu.

Tão bom ouvir você!
Saber dos seus planos, dos seus medos, das suas inquietações e esperanças.

Tão bom acolher você!
E tentar te acalmar, enxugar a lágrima que teima em cair e dizer que estarei sempre contigo.

Tão bom abraçar você!
Bem apertado, e ter medo de apertar demais e quebrar esse corpo magrinho e tão delicado.

Tão bom beijar você!
E beijar muito, e beijar sem pressa, e beijar como se fosse a primeira e a última vez.

Tão bom tocar você!
E me divertir com seus arrepios, e com seu riso de menina que se esqueceu de crescer.

Tão bom sonhar com você!
E ficar triste por acordar, e correr transformar o sonho em poesia para nunca mais esquecer.


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Maya (Maresia)...

MAYA (MARESIA)
(Alexander Porahy)


Maya dos meus sonhos,
Do meu desejo e fantasia
Maya dos pés descalços,
Da areia, ondas, maresia

Maya do amor ao por-dol-sol
Dos momentos inesquecíveis
Maya do perfume tão suave
Maya dos beijos tão incríveis

Maya da volúpia desmedida
Da carioquice bronzeada
Maya dos castanhos cabelos
E da penugem dourada

Maya dos pelos eriçados
Da pele macia e desnuda
Maya dos tantos arrepios
Da boca pequena e carnuda

Maya dos beijos no pescoço
Das palavras sacanas ao pé do ouvido
Maya é provocante em cada gesto
Maya é desejo me consumindo

Com tantas faces e encantos
Maya torna eterno cada instante
É a dona de meus pensamentos
Maya você é mesmo fascinante!



** Link para o áudio no Recanto das Letras **


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Experiências são a bagagem do escritor...

FOI PRECISO
(Alexander Porahy)


O que agora é lindo
Já foi desespero

Lembranças...

Se hoje posso escrever
É porque um dia vivi

Mas foi preciso morrer
E pelo deserto vagar
Sem forças, sem rumo
"Há esperança pra mim?"

Só assim aprendi
A me reencontrar
A me reinventar
Pude então renascer
E voltar a viver

Sim, voltei a viver!



** Link para o áudio no Recanto das Letras **


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Do Latim: Liberdade...

LIBERTAS
(Alexander Porahy)


Por amor

Já perdi o rumo

Perdi o bom senso

Perdi também a razão

Porém hoje o meu por-do-sol

Não depende de ninguém

Posso sentar e admirá-lo

Porque é simplesmente bonito



** Link para o áudio no Recanto das Letras **


E é tanto que sinto...

SINTO MUITO
(Alexander Porahy)


Sinto muito
Sinto tanto
Que nem o pranto
Nem a comida no prato
Nem o sossego de um canto
Nem um pedido ao santo
E nem tanto entretanto
Me traz desencanto

Sinto muito
Sinto tanto
E é tanto que eu quero
Que venero
E espero
E é com tanto esmero
Que bem sei que exagero
Mas o que fazer se é o que eu quero?

Sinto muito
Sinto tanto
Que é difícil entender
A extensão do querer
(Mas começo a entender)

Sinto muito
Sinto tanto
Que preciso aprender
A me libertar, renascer
Para aproveitar o viver



** Link para o áudio no Recanto das Letras **


Coisas antigas (parte 3)...

MARESIA, VENTO, PEDRAS, MAR...
(Alexander Porahy)


Sábado à noite, após um jantarzinho com direito a um vinho suave delicioso, saímos pela cidade de carro, sem rumo, sem pressa.

Uma ótima oportunidade para conversar, abrir o coração, falar sobre passado, presente e futuro, sobre desejos e aspirações.

Da parte dela, possíveis mudanças de rumo visando uma vida profissional mais feliz.

Da minha parte, um desejo quase utópico de um dia morar junto ao mar.

Confesso que não penso muito no futuro. Não me lembro em que ponto da minha vida passei a querer viver mais o presente, sem planos a longo prazo.

Só o que posso dizer é que quando fecho os olhos imagino o vento no rosto, o cheiro de mar, a visão das ondas batendo nas pedras.

Falta de ambição? Conformismo? Excesso de desapego? Quem não concorda comigo, pode me rotular de várias maneiras.

Para mim é apenas um desejo vindo do fundo da alma.


Coisas antigas (parte 2)...

QUATRO ANOS
(Alexander Porahy)


Mais um dia em nossas vidas
Mais uma data para comemorar
Você é tudo que eu poderia desejar

Raio de sol que me ilumina e aquece
Luz radiante que me aponta a direção
Obrigado por me oferecer seu coração

Mulher com jeito de menina
Que me encanta mais e mais a cada dia
Fazer você feliz é minha maior alegria

Quatro anos de amor intenso
Sentimento tão verdadeiro e tão puro
Em você encontrei o meu porto seguro

Eu procurei minha vida inteira
E finalmente cheguei até você
Mulher sem igual, minha razão de viver

Que Deus nos permita ficarmos juntos
E que possamos renovar sempre nosso amor
É o que mais deseja este simples sonhador

Minha amada, mais uma vez obrigado
Por escolher dividir sua vida comigo
Prometo te amar e para sempre ser o seu abrigo


Coisas antigas (parte 1)...

PRECISO DE VOCÊ, MENINA!
(Alexander Porahy)


Obrigado por me permitir
Desfrutar de sua companhia
Pois apenas sua presença
É que transforma o meu dia

É o seu sorriso que me alegra
O seu olhar que me fascina
Confesso, não posso negar
Preciso de você, menina!

Com você as noites frias se aquecem
Se tornam belas noites de luar
E sob um belo céu estrelado
Eu sonho te amar, te amar e te amar

Você tem um jeito de me olhar
Que me faz suspirar, fico até sem jeito
Quem me dera poder ter você agora
Aqui, toda dengosa, encostada em meu peito

Ah, doce menina, que cresceu e permaneceu criança
Como fez com que eu me apaixonasse assim?
Permita que eu para sempre a tenha em meus braços
Faça de mim o mais feliz dos homens, por favor diga sim

Quero ser seu homem, e fazer de você minha mulher
Que o bondoso Pai do Céu me conceda essa graça
Até posso viver sem você, mas a questão é que não quero
Porque a vida sem você não faz sentido, ela simplesmente passa


domingo, 15 de dezembro de 2013

Bocas e Beijos...

CRÔNICA EM DOIS TEMPOS (BOCAS E BEIJOS)
(Alexander Porahy)


PRIMEIRO TEMPO - OS BUMBUNS QUE ME PERDOEM...

... mas para mim sexy mesmo é boca!

Bocas possuem arquiteturas ousadas, fascinantes... Pequenos detalhes que fazem toda a diferença e tornam única cada boca.

Algumas possuem voltinhas nos cantos. Outras, formato de M, praticamente uma Apoteose!

Se vierem acompanhadas de covinhas, ótimo!

E de dentes ligeiramente desalinhados, melhor ainda!

Amo boca, e amo passear por seus contornos. Sou mais feliz em suas curvas, que nas da Rio-Santos...

Boca é para ser apreciada sem pressa, é para ser degustada, desfrutada sem moderação...

Boca é democrática, pode ser bela em donas mais cheinhas ou magrinhas, branquinhas ou moreninhas, japinhas ou mulatinhas.

Boca fascina quando sorri, comove quando faz beicinho e enlouquece quando provoca.

É a mais bela e sugestiva parte do corpo. E para a felicidade dos apreciadores como eu, está sempre desnuda.

Bocas merecem homenagens, merecem poesias, merecem canções...

E não dá para falar de boca, sem falar de beijo.

Ah, o beijo!

Em um bom beijo nós podemos transcender.

E bons beijos ficam marcados para sempre.

.....

SEGUNDO TEMPO - PRIMEIROS BEIJOS...

Meu primeiro beijo foi brincando de salada mista, e eu não queria dar. Nada contra a guria, ela até que era jeitosa, mas eu sempre fui romântico e com ela não rolava sentimento. Então, enquanto ela estava vindo, eu já estava voltando...

Meu primeiro beijo apaixonado teve direito a pegadinha no queixo dela, e esta sim eu não queria mais parar de beijar...

Houve também um primeiro beijo que era para ser só selinho, mas teve pontinha de língua e durou uns trinta segundos. Existe selinho de trinta segundos? Fizemos de conta que sim.

A primeira boca com aparelho que beijei foi tão especial que até hoje fecho os olhos e lembro de sua dona. Lembro também das pernas dela, mas essa é outra história...

Como também é outra história o primeiro beijo dado numa quase estranha, alguém que conheci na rodoviária voltando de Trindade. Estilo riponga, com cabelos negros cacheados, que curtia Elis Regina, amava casquinha de siri e acreditava em disco voador. Tão maluca quanto inesquecível...

Ah, os beijos improváveis...

Por questões geográficas, quase todas as bocas que beijei eram paulistas. Mas houve uma primeira vez com uma boca carioca que foi muito especial. Talvez por causa daquele sotaque cheio de "shis" e daquele sorriso sem igual...

Primeiros beijos... Como geram expectativas! Como geram lembranças!

Quem dera tivesse cuidado para que cada beijo fosse como o primeiro...

Talvez assim nunca houvesse dado um último beijo em alguém.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Me digam: Faz sentido?

SEM SENTIDO
(Alexander Porahy)


Por seu amor
Rolei ribanceira abaixo
Me quebrei, me estrupiei
Quem viu diz que deu dó
E ainda se pergunta: como pode alguém amar assim?
É que pra quem faz verso
A dor é necessária
Ensina, inspira
A gente despiroca
A mente pira
O mundo gira
Amor faz perder os sentidos
E não faz sentido
É apenas sentido



** Link para o áudio no Recanto das Letras **