TIC-TAC
(Alexander Porahy)
Quem nunca foi homem de lata
Não viveu uma paixão ingrata
Viu seu amor em outros braços
Sentimento feito em pedaços
Arrancou o coração do peito
Mundo em branco, cinza e preto
E apesar de tanta desventura
Fez-se nova criatura
Dor transformada em alento
Venta o vento, passa o tempo
NADA DE NOVO
(Alexander Porahy)
De novo o ano que se incia só tem o nome.
Nada mágico acontece na passagem de 31 de dezembro para 1º de janeiro.
Como nas outras 364 meia-noites ao longo do ano, nossos problemas e angústias não se dispersam como que por encanto.
O que acontece é que ficamos mais esperançosos, e com a família e amigos por perto nos sentimos mais seguros e acolhidos.
Pensamos nas dificuldades vividas, e com toda a sinceridade do nosso coração desejamos que o ano que se inicia seja diferente.
Mas nos dias que se seguem após o Réveillon, somos trazidos de volta à realidade, e acabamos nos decepcionando ao perceber que nada mudou, que todas as pendências permanecem ali, em compasso de espera, aguardando para serem resolvidas.
A vida... Bem, a vida em grande parte do tempo é bem mais ou menos, bem morna.
O que quebra a mesmice são picos de tristezas ou de alegrias, e dependendo da intensidade e um ou de outro, terá valido ou não a pena.
Aliás, essa é uma conclusão que só chegaremos ao final de tudo, e não agora enquanto ainda estamos no meio do caminho.
Cabe a nós tirarmos proveito das lições aprendidas, desfrutarmos dos bons momentos e aproveitá-los para repor as energias e nos prepararmos para as tempestades que, inevitavelmente, virão.
Assim é a vida... Um ganha e perde, um cai e levanta constantes. E está aí para ser vivida.
Afinal, ela não para.
E quando finalmente parar, já não haverá o que e por que falar dela.
HAIKAI 3
(Alexander Porahy)
Tempestade cai
As aves em seus ninhos
Calor que se vai
HAIKAI 2
(Alexander Porahy)
Cálidas águas
Nuvens vagando no céu
Saudando a manhã
HAIKAI 1
(Alexander Porahy)
É calor demais
Brisa que não satisfaz
Manhã de verão
SEIS HORAS
(Alexander Porahy)
Achei que seria só uma menina
E como eu estava enganado!
Em você a felicidade faz morada
Sua presença a tudo ilumina
Me apresentou um mundo novo
Fez da minha vida um palco
Fez cena e fez canção
Trouxe um novo sentido
Se tornou inspiração
E quando as minhas mãos tocam as suas
E seus olhos castanhos me incendeiam
Ah, eu me esqueço do mundo ao redor
E te amo! Como eu te amo!