domingo, 3 de agosto de 2014

Mea Culpa...

MEA CULPA
(Alexander Porahy)


Achei que fosse amor
Desses que a gente corresponde na medida do possível

Sou um homem de recomeços
De mais erros que acertos
E dentre esses meus erros
Dois - que na verdade são um só -
Daqueles que cegam no durante
E dilaceram no depois

Não quero mais
Viver esses múltiplos enganos
E - pior - ferir os inocentes
Condená-los injustamente à tristeza e decepção
Em nome de um sentimento
Egoísta, desmedido, inconsequente, desnecessário

Não bebo mais dessa fonte
Busco refúgio noutros braços
Me torno agora meditativo, contemplativo
Quiçá um pouquinho mais sábio

Escolho a companhia do vento
E das estrelas