quinta-feira, 10 de abril de 2014

Florale...

FLORALE
(Alexander Porahy)


Quero um jardim repleto de flores
Me embriagar com seus perfumes
Me alegrar com suas cores
Quero a companhia das abelhas
E também dos beija-flores
Quero brincar com as joaninhas
E que o bem-me-quer escolha meus amores
Que esse vento que acaricia a relva
Leve embora as minhas dores
Porventura seja eu levado como o dente-de-leão
Confiante no destino e seus favores
Espero encontrar um novo jardim de flores


quarta-feira, 9 de abril de 2014

Sobre a Honestidade...

SOBRE A HONESTIDADE
(Alexander Porahy)


A respeito do rapaz que encontrou os seiscentos reais, pagou os boletos e ainda devolveu o troco para a dona do dinheiro...

A honestidade não deveria causar espanto... A desonestidade, essa sim, deveria deixar as pessoas boquiabertas...

A regra deveria ser esse rapaz, que olhou para aquele dinheiro e deve ter pensado: "Poxa, e se fosse eu que tivesse perdido?"

Acho que é isso que falta para a humanidade: empatia, se colocar no lugar do outro, não fazer aos outros o que você não quer que façam a você, amar ao próximo como a si mesmo...

Seria um mundo tão melhor!

Em contrapartida, vi uma mulher na TV dizendo que não devolveria nada, que a pessoa que perdeu o dinheiro deveria ser mais cuidadosa.

Mas se fosse essa mulher desonesta que tivesse perdido o dinheiro, estaria desesperada, implorando que o devolvessem.

Ou seja, se sou eu o beneficiado, azar do outro que deveria ser mais cuidadoso. Se sou o prejudicado, "Ai, coitadinho de mim! Ai meu Deus, faça com que devolvam meu precioso dinheirinho!".

Triste!

Mais do que dar parabéns ao rapaz honesto que originou este meu post, prefiro dizer que todas as pessoas deveriam ser como ele.

Quem sabe um dia...

segunda-feira, 7 de abril de 2014

O Poeta...

O POETA
(Alexander Porahy)


Não tome como verdade o texto do poeta
Ele pode falar da dor sem senti-la
Pode falar do amor sem estar amando
Pode falar do por do sol sem tê-lo presenciado
Pode falar das mornas águas do mar sem ter molhado seus pés

Um poeta é um observador
E quando fala, pode não ser de si
Pode ser do sorriso da menina que passa
Pode ser do olhar do idoso na praça
Ou talvez do anônimo errante na beira da estrada

O poeta gosta de escrever
E tudo pode se tornar pretexto para texto
Desde as aves no céu
Até a pedra no meio do caminho
Mesmo a xiforínfola corre o risco de virar poesia

O poeta é, antes de mais nada, livre
E essa liberdade lhe permite
Escrever de tudo, falar de tudo
Criar paisagens, mundos, tempos e palavras
Ele pode viajar até as estrelas
Ou simplesmente se enamorar de uma delas

O poeta é tão livre que pode até falar de si!
Embora saiba que a sua vida
Talvez nunca seja tão interessante
Quanto as vidas de suas personagens


Vai e Vem (Essa Dor)...

VAI E VEM (ESSA DOR)
(Alexander Porahy)


Tem época em que dói demais, e parece que essa dor insuportável nunca vai passar...

Tem época em que você está tão feliz que parece que essa dor nunca existiu...

Tem época em que dói, mas você se sente forte o bastante para não deixar essa dor incomodar...

São fases, são épocas, que vão e vêm como as ondas...