terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Mensagem de Ano Novo...

QUE SEJA
(Alexander Porahy)


Que seu Ano seja inspirado...
Como a Bachianinha de Nogueira
Como a poesia de Drummond
Como o violão de Baden

Que seu Ano seja belo...
Como o nascer do sol na praia
Como o céu estrelado na roça
Como a flor que nasce no cerrado

Que seu Ano seja feliz...
Como o abraço de um reencontro
Como um bebê no colo de sua mãe
Como um gato com sua bolinha de lã

Que seu Ano seja prazeroso...
Como um beijo na pessoa amada
Como água fresca em um dia de calor
Como um sábado de sol no Ibira

Que seu Ano seja abençoado...
E compartilhado com quem ama
E repleto de boas possibilidades
E tão bom que deixe saudade



** Link para o áudio no Recanto das Letras **


sábado, 28 de dezembro de 2013

Chelengolenguices...

CHELENGOLENGO
(Alexander Porahy)


Que se dane o significado real das palavras! Importa o que elas me transmitem em forma de sentimento.

Por exemplo... Acabo de ser chamado de chelengolengo.

Não faço a menor ideia do que isso significa, mas traduz exatamente como eu me sinto hoje, neste sábado preguiçoso inter feriados...

Mansinho, malemolente, no ritmo do balanço da rede...

Pra lá... e pra cá...
Pra lá... e pra cá...

Chelen... golengo...
Chelen... golengo...

E do jeito que eu mais gosto, cheio de três pontinhos nos finais das frases...



** Link para o áudio no Recanto das Letras **


Aviso aos navegantes: Áudios dos meus textos...

Depois de tanto tempo escrevendo só agora me caiu a ficha de que a minha página no Recanto das Letras pode ser visitada por algum deficiente visual...

Por isso comecei a passar meus textos para áudio.

É legal, porque além de tornar meus textos acessíveis, vou narrar da maneira como EU os leio, com a entonação que imaginei ao escrevê-los. Afinal, cada leitor tem uma maneira própria de interpretar aquilo que lê.

Dificuldade de pronunciar os erres à parte, só espero não ser muito canastrão, muito mala sem alça como narrador... kkkkkkk

Ah, e à medida que for gravando os áudios atualizarei também o blog, colocando os links nos respectivos textos já publicados aqui.

Se é que alguém vem aqui, além de mim... kkkkkkk

Vai saber... Quem sabe um dia eu corte a orelha, morra e anos depois cheguem à conclusão de que eu era um gênio... kkkkkkk

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Sonho...

MENINA DE ÓCULOS
(Alexander Porahy)


Tão bonitinha você!
Com seus óculos, e por trás deles esses olhos brilhantes e sonhadores.

Tão bom estar com você!
E andar de mãos dadas, depois de tanto tempo sem um amor que pudesse chamar de meu.

Tão bom ouvir você!
Saber dos seus planos, dos seus medos, das suas inquietações e esperanças.

Tão bom acolher você!
E tentar te acalmar, enxugar a lágrima que teima em cair e dizer que estarei sempre contigo.

Tão bom abraçar você!
Bem apertado, e ter medo de apertar demais e quebrar esse corpo magrinho e tão delicado.

Tão bom beijar você!
E beijar muito, e beijar sem pressa, e beijar como se fosse a primeira e a última vez.

Tão bom tocar você!
E me divertir com seus arrepios, e com seu riso de menina que se esqueceu de crescer.

Tão bom sonhar com você!
E ficar triste por acordar, e correr transformar o sonho em poesia para nunca mais esquecer.


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Maya (Maresia)...

MAYA (MARESIA)
(Alexander Porahy)


Maya dos meus sonhos,
Do meu desejo e fantasia
Maya dos pés descalços,
Da areia, ondas, maresia

Maya do amor ao por-dol-sol
Dos momentos inesquecíveis
Maya do perfume tão suave
Maya dos beijos tão incríveis

Maya da volúpia desmedida
Da carioquice bronzeada
Maya dos castanhos cabelos
E da penugem dourada

Maya dos pelos eriçados
Da pele macia e desnuda
Maya dos tantos arrepios
Da boca pequena e carnuda

Maya dos beijos no pescoço
Das palavras sacanas ao pé do ouvido
Maya é provocante em cada gesto
Maya é desejo me consumindo

Com tantas faces e encantos
Maya torna eterno cada instante
É a dona de meus pensamentos
Maya você é mesmo fascinante!



** Link para o áudio no Recanto das Letras **


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Experiências são a bagagem do escritor...

FOI PRECISO
(Alexander Porahy)


O que agora é lindo
Já foi desespero

Lembranças...

Se hoje posso escrever
É porque um dia vivi

Mas foi preciso morrer
E pelo deserto vagar
Sem forças, sem rumo
"Há esperança pra mim?"

Só assim aprendi
A me reencontrar
A me reinventar
Pude então renascer
E voltar a viver

Sim, voltei a viver!



** Link para o áudio no Recanto das Letras **


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Do Latim: Liberdade...

LIBERTAS
(Alexander Porahy)


Por amor

Já perdi o rumo

Perdi o bom senso

Perdi também a razão

Porém hoje o meu por-do-sol

Não depende de ninguém

Posso sentar e admirá-lo

Porque é simplesmente bonito



** Link para o áudio no Recanto das Letras **


E é tanto que sinto...

SINTO MUITO
(Alexander Porahy)


Sinto muito
Sinto tanto
Que nem o pranto
Nem a comida no prato
Nem o sossego de um canto
Nem um pedido ao santo
E nem tanto entretanto
Me traz desencanto

Sinto muito
Sinto tanto
E é tanto que eu quero
Que venero
E espero
E é com tanto esmero
Que bem sei que exagero
Mas o que fazer se é o que eu quero?

Sinto muito
Sinto tanto
Que é difícil entender
A extensão do querer
(Mas começo a entender)

Sinto muito
Sinto tanto
Que preciso aprender
A me libertar, renascer
Para aproveitar o viver



** Link para o áudio no Recanto das Letras **


Coisas antigas (parte 3)...

MARESIA, VENTO, PEDRAS, MAR...
(Alexander Porahy)


Sábado à noite, após um jantarzinho com direito a um vinho suave delicioso, saímos pela cidade de carro, sem rumo, sem pressa.

Uma ótima oportunidade para conversar, abrir o coração, falar sobre passado, presente e futuro, sobre desejos e aspirações.

Da parte dela, possíveis mudanças de rumo visando uma vida profissional mais feliz.

Da minha parte, um desejo quase utópico de um dia morar junto ao mar.

Confesso que não penso muito no futuro. Não me lembro em que ponto da minha vida passei a querer viver mais o presente, sem planos a longo prazo.

Só o que posso dizer é que quando fecho os olhos imagino o vento no rosto, o cheiro de mar, a visão das ondas batendo nas pedras.

Falta de ambição? Conformismo? Excesso de desapego? Quem não concorda comigo, pode me rotular de várias maneiras.

Para mim é apenas um desejo vindo do fundo da alma.


Coisas antigas (parte 2)...

QUATRO ANOS
(Alexander Porahy)


Mais um dia em nossas vidas
Mais uma data para comemorar
Você é tudo que eu poderia desejar

Raio de sol que me ilumina e aquece
Luz radiante que me aponta a direção
Obrigado por me oferecer seu coração

Mulher com jeito de menina
Que me encanta mais e mais a cada dia
Fazer você feliz é minha maior alegria

Quatro anos de amor intenso
Sentimento tão verdadeiro e tão puro
Em você encontrei o meu porto seguro

Eu procurei minha vida inteira
E finalmente cheguei até você
Mulher sem igual, minha razão de viver

Que Deus nos permita ficarmos juntos
E que possamos renovar sempre nosso amor
É o que mais deseja este simples sonhador

Minha amada, mais uma vez obrigado
Por escolher dividir sua vida comigo
Prometo te amar e para sempre ser o seu abrigo


Coisas antigas (parte 1)...

PRECISO DE VOCÊ, MENINA!
(Alexander Porahy)


Obrigado por me permitir
Desfrutar de sua companhia
Pois apenas sua presença
É que transforma o meu dia

É o seu sorriso que me alegra
O seu olhar que me fascina
Confesso, não posso negar
Preciso de você, menina!

Com você as noites frias se aquecem
Se tornam belas noites de luar
E sob um belo céu estrelado
Eu sonho te amar, te amar e te amar

Você tem um jeito de me olhar
Que me faz suspirar, fico até sem jeito
Quem me dera poder ter você agora
Aqui, toda dengosa, encostada em meu peito

Ah, doce menina, que cresceu e permaneceu criança
Como fez com que eu me apaixonasse assim?
Permita que eu para sempre a tenha em meus braços
Faça de mim o mais feliz dos homens, por favor diga sim

Quero ser seu homem, e fazer de você minha mulher
Que o bondoso Pai do Céu me conceda essa graça
Até posso viver sem você, mas a questão é que não quero
Porque a vida sem você não faz sentido, ela simplesmente passa


domingo, 15 de dezembro de 2013

Bocas e Beijos...

CRÔNICA EM DOIS TEMPOS (BOCAS E BEIJOS)
(Alexander Porahy)


PRIMEIRO TEMPO - OS BUMBUNS QUE ME PERDOEM...

... mas para mim sexy mesmo é boca!

Bocas possuem arquiteturas ousadas, fascinantes... Pequenos detalhes que fazem toda a diferença e tornam única cada boca.

Algumas possuem voltinhas nos cantos. Outras, formato de M, praticamente uma Apoteose!

Se vierem acompanhadas de covinhas, ótimo!

E de dentes ligeiramente desalinhados, melhor ainda!

Amo boca, e amo passear por seus contornos. Sou mais feliz em suas curvas, que nas da Rio-Santos...

Boca é para ser apreciada sem pressa, é para ser degustada, desfrutada sem moderação...

Boca é democrática, pode ser bela em donas mais cheinhas ou magrinhas, branquinhas ou moreninhas, japinhas ou mulatinhas.

Boca fascina quando sorri, comove quando faz beicinho e enlouquece quando provoca.

É a mais bela e sugestiva parte do corpo. E para a felicidade dos apreciadores como eu, está sempre desnuda.

Bocas merecem homenagens, merecem poesias, merecem canções...

E não dá para falar de boca, sem falar de beijo.

Ah, o beijo!

Em um bom beijo nós podemos transcender.

E bons beijos ficam marcados para sempre.

.....

SEGUNDO TEMPO - PRIMEIROS BEIJOS...

Meu primeiro beijo foi brincando de salada mista, e eu não queria dar. Nada contra a guria, ela até que era jeitosa, mas eu sempre fui romântico e com ela não rolava sentimento. Então, enquanto ela estava vindo, eu já estava voltando...

Meu primeiro beijo apaixonado teve direito a pegadinha no queixo dela, e esta sim eu não queria mais parar de beijar...

Houve também um primeiro beijo que era para ser só selinho, mas teve pontinha de língua e durou uns trinta segundos. Existe selinho de trinta segundos? Fizemos de conta que sim.

A primeira boca com aparelho que beijei foi tão especial que até hoje fecho os olhos e lembro de sua dona. Lembro também das pernas dela, mas essa é outra história...

Como também é outra história o primeiro beijo dado numa quase estranha, alguém que conheci na rodoviária voltando de Trindade. Estilo riponga, com cabelos negros cacheados, que curtia Elis Regina, amava casquinha de siri e acreditava em disco voador. Tão maluca quanto inesquecível...

Ah, os beijos improváveis...

Por questões geográficas, quase todas as bocas que beijei eram paulistas. Mas houve uma primeira vez com uma boca carioca que foi muito especial. Talvez por causa daquele sotaque cheio de "shis" e daquele sorriso sem igual...

Primeiros beijos... Como geram expectativas! Como geram lembranças!

Quem dera tivesse cuidado para que cada beijo fosse como o primeiro...

Talvez assim nunca houvesse dado um último beijo em alguém.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Me digam: Faz sentido?

SEM SENTIDO
(Alexander Porahy)


Por seu amor
Rolei ribanceira abaixo
Me quebrei, me estrupiei
Quem viu diz que deu dó
E ainda se pergunta: como pode alguém amar assim?
É que pra quem faz verso
A dor é necessária
Ensina, inspira
A gente despiroca
A mente pira
O mundo gira
Amor faz perder os sentidos
E não faz sentido
É apenas sentido



** Link para o áudio no Recanto das Letras **


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Ser poeta é assim...

O ÚLTIMO TEXTO DO ANO (OU AS PROMESSAS DE UM POETA)
(Alexander Porahy)


Noite de pós-festa, o Natal deixou suas luzes coloridas, sono acumulado e deliciosas rabanadas.

Meia-luz e silêncio na casa. O único movimento é o das mãos sujas de açúcar e canela do poeta enquanto desliza a ponta do lápis pelo papel (ele prefere o lápis à caneta).

Típico costume desta época, ele faz sua lista de resoluções para o novo ano.

Promete não se forçar a fazer exercício...

Porque não são as flexões, mas as reflexões que interessam ao poeta.

Promete não se preocupar em dormir cedo ou tarde...

Porque é acordado que sonha o poeta.

Promete não ter medo do ridículo...

Porque o ridículo impõe limites ao poeta.

Promete não beber...

Porque basta sentimento para embriagar o poeta.

Promete deixar o carro em casa mais vezes e passar a caminhar...

Porque o brilho do sol, o frescor da chuva e o vento no rosto refrigeram a alma do poeta.

Promete comer menos frituras e mais frutas, porque as frutas o fazem lembrar de sua infância, quando subia nos pés de amora e de ameixa e lá se esbaldava...

E boas lembranças alimentam o espírito do poeta.

Promete dar mais valor às coisas simples...

Porque as pequenas coisas tornam grande o poeta.

Promete no próximo ano se apaixonar algumas vezes, e ter seu coração partido em todas elas, e morrer por dentro, para transformar em prosa e verso sua dor...

Porque ainda que morra o amante, vive o poeta.

Enfim, no próximo ano promete simplesmente viver...

Porque cabe ao poeta viver e fazer da vida poesia.

Pequena pausa.

Enquanto aponta o lápis e come rabanada, pensa em como são belas as luzes da árvore de Natal...


domingo, 24 de novembro de 2013

Inspirado...

VOCÊ MERECE POESIA
(Alexander Porahy)


Seu olhar merece poesia
Seu sorriso merece poesia
Suas sardas, suas pintinhas,
Seus pelos dourados merecem poesia

A sombra embaixo dos seus olhos
Merece poesia
Suas unhas e sua boca cor de uva
Merecem poesia
Sua franja e a fita em seu cabelo
Merecem poesia

O bronze de sua pele,
A rosa no seu braço,
As bochechas coradas
E até o perfume que não posso sentir
Merecem poesia

Os beijos que não serão dados,
Os momentos não compartilhados,
Os sonhos não sonhados,
Mesmo eles merecem poesia

Não necessito de muito
(Sua distante presença)
Não peço quase nada
(Sua mera existência)

E ainda que não saiba que me inspira
Eu me permito esta ousadia
E faço de você minha poesia


Pré-conceitos...

PRETA E BRANCA
(Alexander Porahy)


- O que você pensa que está fazendo?

- Ué, estou comendo pipoca.

- Mas... Você é uma galinha! Uma galinha preta!

- Puxa, até que para alguém que tem cérebro de passarinho você é bem esperta! E não é daltônica! Está realmente de parabéns!

- Deixe de ironias. Seu lugar não é aqui nesta praça.

- Ah, tá. Vai me dizer que eu deveria estar numa macumba. Você é tão óbvia com seus estereótipos!

- Não sou óbvia. O bicho homem nos designou papeis. Estou apenas desempenhando o meu. Você deveria fazer o mesmo.

- E qual o seu papel, que mal eu lhe pergunte?

- Ora, sou uma pomba linda, fofa e branca. Represento a paz.

- Logo se vê que não representa a modéstia. Só que por baixo de nossas penas somos todas iguais.

- Não queira se comparar a mim. Sou um animal nobre. Posso voar, como os anjos!

- Quer falar de nobreza? Enquanto eu alimento os homens, você faz cocô em suas cabeças! É mesmo um gesto muito nobre!

- Agora quem está estereotipando é você. Nem toda pomba faz isso. Aliás, por causa de umas poucas, todas acabamos por ficar com a reputação mais suja do que pau de galinheiro. Haha! Entendeu a piada? Pau de galinheiro... Essa foi demais!

- Meeeu Deus! Melhor você continuar representando a paz, porque se depender de fazer piada... hehehe

- Só rindo mesmo... E então, a que conclusão chegamos?

- Ah, acho que no fundo todos nós temos nossos preconceitos. Talvez tenhamos nos aproximado demais desse tal de bicho homem.

- Pode ser. Mas você há de convir que a pipoca deles é uma delícia...

- Ô se é! E por falar em pipoca, está na hora de voltar pro galinheiro. Até porque a velhinha que jogava as pipocas foi embora faz tempo.

- Também me vou. Vá pela sombra, galinha preta!

- E você fique na paz, pombinha branca!

E lá se vai a galinha preta pela estrada rumo ao sítio onde mora, pensando no quanto tinha sido boba em rotular a pomba branca. No fundo esta era uma boa pessoa, ou melhor, uma boa ave.

De repente, não mais que de repente, a galinha preta recebe uma rajada de cocô em sua cabeça.

Desnorteada, tudo que ela consegue distinguir nesse momento é a gargalhada sádica de uma certa pombinha branca...

sábado, 23 de novembro de 2013

Brincadeirinha...

DOLORES
(Alejandro Puerahy)


Dolores, ah Dolores...
Mas do que nunca estas presiente em mi bida.
Desde mi cabieça, passando por mi pescueço, cuestas, barriega...
Só no eres mas presiente porque abajo de mi umbiego no sinto nadie.

Ah Dolores, Dolores...
iDejame Dolores!

#UmMinutoDeSilêncioPelaMorteDoEspanhol

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Muito Bom É Te Ver!

MUITO BOM É TE VER!
(Alexander Porahy)


Preciso dizer,
Falar, escrever,
Se for feliz, descrever
Tão grata visão
Fonte de inspiração

Eu estava em meu canto
Quando, como que por encanto
E sem pedir licença
Luz em forma de sorriso
Alumiou, clareou, iluminou,
Transformou o escritor
Em secreto admirador

Olhar castanho cativante,
Fascinante, faiscante
Dizem tudo, não necessitam palavras,
Essas duas bolinhas brilhantes

Sobrancelhas grossas,
Longos e lisos cabelos
Emolduram
O rosto perfeito

Atitude e alegria
Presença que contagia
E torna
Mais leve o viver

Bom é te ver,
Ainda que distante,
Ainda que em segredo,
Ainda que não deva dizer,
Muito bom é te ver!


Deficiente?

O DEFICIENTE (?)
(Alexander Porahy)


O deficiente (?)
É uma pessoa normal
E como pessoa normal
Tem o direito de ser

Tem o direito
De errar e acertar,
De cair, levantar,
Ir pra lá, vir pra cá,
De amar, de sofrer,
De sorrir e chorar,
De ganhar, de perder,
De sonhar, de realizar,
E, principalmente,
Viver!

domingo, 22 de setembro de 2013

Brincadeirinha...

IH, PASSOU
(Alexander Porahy)


Ih, passou
Cheguei atrasado
Não vi, perdi

Ou de tão adiantado
Pensei que estava atrasado
Achei que tinha perdido
Não esperei e perdi

Seja como for
O que passou, passou
Se não foi, não era pra ser
E se foi, foi enquanto devia ser

Tudo a seu tempo
Lembrando que o intento
É simplesmente viver


domingo, 11 de agosto de 2013

Pensamento...

SOBRE A TRISTEZA
Alexander Porahy


Em certos momentos não existe espaço para a alegria, apenas para a tristeza.
Não vejo mal nenhum nisso.

Estarmos tristes não significa que somos fracos, mas sim humanos.

E, muitas vezes, até nos fortalece.


sábado, 6 de julho de 2013

Filosofando...

CAMINHOS E ESCOLHAS (E AS SURPRESAS DA VIDA)
(Alexander Porahy)


Eu poderia aceitar a claricelispectorização da vida e acreditar que existe uma frase sábia que sirva de resposta para cada momento de dúvida ou dificuldade que eu venha a passar.

Mas de tanto observar a vida e seu vaivém cheguei à conclusão de que, diferentemente do que sempre pensei, não sou o motorista e sim o passageiro nessa história.

Não que eu seja um sujeito passivo, sem iniciativa. Mas o fato é que na vida há tantas bifurcações, tantas mudanças de direção, que dificilmente chegarei ao meu destino seguindo o caminho que planejei. E quer saber? Não chegarei mesmo!

Frequentemente essa vida me cobra decisões, porém insiste em me surpreender com suas respostas. Penso que não importa se eu escolher o caminho da esquerda ou da direita, cedo ou tarde esses caminhos se cruzarão e minha escolha não terá feito grande diferença.

Já que é assim, surpreenda-me vida! Leve-me ao meu destino, seja ele uma estrada onde carros capotem, quintas-feiras em que balas me atravessem, ou uma praia de areia branca, palmeiras ao vento e mar cor de esmeralda.

A propósito, ser passageiro é gostoso. Não preciso ficar de olho no painel pra ver se há alguma luz de alerta acesa, ou nos retrovisores, ou nos veículos próximos.

Minha única preocupação é curtir a paisagem.

E muitas vezes é uma bela paisagem!


terça-feira, 18 de junho de 2013

Foco...

IMPEACHMENT?
(Alexander Porahy)


Só me respondam uma coisa: Estão pedindo o impeachment de quem?

Se for da Dilma, então nesse caso assume o Michel Temer. Grande melhora, né? Aí, na sequência dos "presidenciáveis", vêm o presidente da câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (quem?), o presidente do senado, senador Renan Calheiros (também conhecido por Lúcifer), e o presidente do STJ, ministro Joaquim Barbosa (hummm, me fez pensar agora).

Se for dos governadores de São Paulo, Rio ou alguma outra unidade da federação, ou se for de algum prefeito, sugiro fazerem como fiz no caso da presidente e estudarem a linha de sucessão do dito cujo. Creio que muitos vão concordar comigo que parece mais a escalação do time do inferno.

O fato é que são todos igualmente nojentos, parasitas e desprezíveis, e partido político deste ou daquele não quer dizer absolutamente nada. Há muito a ideologia ficou para trás.

Já que não temos opção em quem votar, vamos escolher os menos piores e botar medo neles, mostrar que a farra acabou e é hora deles mudarem sua conduta.

Chega de desmando, chega de corrupção.

Vamos fazer essa cambada de vagabundos trabalhar, votar as leis que tanto necessitamos, eliminar as laranjas podres e finalmente botar ordem na casa.

Nós mandamos, eles obedecem, e não o contrário. Eles que nos representem direito.

Senão a gente vai e para tudo de novo. Sem vandalismo, mas com atitude, exercendo nossa cidadania.

Passou da hora de reescrever nossa história.


quarta-feira, 10 de abril de 2013

(Tristes) Notícias Vindas do Oriente...

MALDITA (ÀS VEZES) INVENTIVIDADE
Alexander Porahy


Dê um carro ou uma motocicleta super potentes nas mãos de um irresponsável, e ele não vai sossegar enquanto não ultrapassar os duzentos e vinte quilômetros por hora. Esses veículos não foram feitos para se andar dentro dos limites de velocidade...

Dê um revólver ou uma pistola nas mãos de um valentão, e ele não vai sossegar enquanto não usá-la contra algo ou alguém. Revólveres e pistolas foram feitos para disparar...

Dê uma arma nuclear nas mãos de um filho mimado de ditador morto, e ele não vai sossegar enquanto não jogá-la na cabeça de milhões de pessoas inocentes. Armas nucleares foram feitas para dizimar milhões, bilhões...

Certas coisas nunca deveriam ser inventadas...


quinta-feira, 14 de março de 2013

Blue Eyes...

BLUE EYES
Alexander Porahy


Não fosse a suculência de seu corpo
E a volúpia de seus beijos
Poderia eu me enganar
Menina, com seu jeito

Fascinante
Intrigante
Inexplicável modo simples de ser

Imponente como as ondas
Suave como o vento
Refrescante como a chuva
Indomável como o tempo

E a flor em seu cabelo
Ah, que bela!
Eu me perco em seu olhar
“Sim, é ela!”

Apaixonada
Apaixonante

E sob o risco de enlouquecer
Ainda que venha a lhe perder
Não a poderia esquecer
E eu nem quero
Pra quê?


Alice...

ALICE
Alexander Porahy


Seria Eva ou Vênus?
É Alice
É encanto e desejo,
Sonho às mil maravilhas

Olhos verdes,
Pele alva,
Suave, tenra, perfumada

Delicada

Sorriso belo, fácil
Emoldurado por covas graciosas
Lábios rosados,
Úmidos, macios

Um beijo
Um toque
Suspiros, sussurros e afagos
Suor, preguiça
Breves momentos
Mas intensos, felizes

O tempo passa
Alice se vai
Promete voltar

Deixa em meu corpo seu cheiro,
Em minha mente a lembrança,
E em meu peito
A saudade...


Novos tempos (de novo)...

Credo, tirando um desabafo meu de outubro/2012 a respeito do mensalão, há quase dois anos não posto aqui...

Tava dando uma olhada, e os posts são da época em que eu ainda era piloto de kart.

Sim, era... Foi bom, curti demais estar nas pistas, mas já faz mais de ano que resolvi pendurar as luvas e a balaclava.

Foi como o teatro: durou o tempo que tinha que durar.

Confesso que não sou muito bom em fazer duas coisas ao mesmo tempo, e neste momento tenho outros projetos em mente.

Mas, em compensação, tô querendo voltar a escrever meus versinhos e estorinhas.

Ando sentindo falta.

Bom, pela enésima-quarta vez, bem vindos ao meu cantinho. :)